Quem não provou, amor,
o teu grande poder, espera em vão
saber qual a razão
que a nós escravo torna e a ti, senhor,
nem conhece o que é viver morrendo,
querer o mal e recusar o bem
e amar alguém
mais do que a si, tremendo,
o coração aflito, onde, em segredo,
trava-se a luta entre a esperança e o medo;
e, assim, se arrisca a sucumbir, coitado,
às setas do arco de que estás armado.
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