08 September 2010

Lá estava ela de novo. Os joelhos apertados contra o peito. Os punhos fechados em uma fraca tentativa de sufocar os gritos e diminuir o desespero. Tornava-se cada vez mais difícil manter-se composta, apenas pela conveniência do silêncio e do sorriso. O olhar se perdia facilmente em qualquer ponto na parede, ou uma das fotos desfocadas em sua frente. Não conseguia encontrar sentido em nada. Em palavras diretas, em sinais nos quais insistia em acreditar, em coisas que surgiam, as surpresas que recebia. Nada fazia sentido. Era como se... como se tivesse uma parte faltando. Colocou os pés no chão, olhando pela janela sentia vontade constante de...de correr.  Cansada de ter que parecer forte,  quando a única vontade era de transformar qualquer desconhecido no maior confidente, só pra poder despejar tudo o que não podia. Ou não queria. Mais difícil lidar com pensamentos do que com palavras. Tinha certeza disso agora.
Já havia escutado palavras demais, opiniões demais. Conselhos que nao seguiria. 

Mas eu aprendi a viver sorrindo, mesmo que não esteja tudo bem.

1 comment:

Talita said...

a sorrir mesmo quando dentro de você parece estar tudo em cacos? é sei como é isso.